quarta-feira, 25 de julho de 2007

Nostalgia da separação


Antes, a gente rasgava foto por foto, carta por carta, e, se sentisse necessidade, ainda pisoteava os restos e acendia um fósforo em cima.
Hoje, bastou clicar num botão, e tudo sumiu como que por encanto, para nunca mais.
Naqueles bons velhos tempos, vivia-se o sobressalto de, a qualquer momento, numa dessas ruas tortas, dar de cara com aquele ex-grande-amor.
Agora, a malha infinita da metrópole lhe traz a certeza de que já se perderam de vez. E que estranho mesmo foi terem um dia se encontrado nesse caos de possibilidades.
O adeus foi tão rápido, tão simples... que ela chegou a acreditar que seria fácil.

6 comentários:

Simone Iwasso disse...

anonimato é bom, às vezes

beijo!

Mariana disse...

Perfeito. É exatamente isso... Ílis, curta e grossa e verdadeiríssima.

Anônimo disse...

Delicado e verdadeiro! Beijos!

Ilis disse...

Si, na maior parte das vezes, sou pró "a old fashioned way of living".
;)
E digam aí: curta e grossa ou delicada?
decidam-se!
;-P
bjs!

Mariana disse...

Curto e grosso pode ser delicado na pós-modernidade!!

Ilis disse...

;)
é verdade, heheheh.
bj