domingo, 6 de maio de 2007

1,2,3 testando

- Você tem que entender isso como um teste.
- De quê?
- De coragem.
- Mas eu estou com medo.
- O teste é para isso, para vencer o medo...
- Eu quero a minha mãe...
- A sua mãe vai ficar orgulhosa
- Não vai, não. Vai ficar brava.
- Vai ficar orgulhosa, estou dizendo. Você acha que ela quer um filho covarde?
- Mas é perigoso.
- É nada.
- É muito alto.
- Bom, você que sabe. Eu não vou perder minha tarde aqui com você enrolando.
- Eu não estou enrolando.
- Tá, talvez você apenas não esteja pronto. Eu achei que você estava pronto mas, pelo jeito, me enganei.
- É que é muito alto.
- Tudo bem, não é culpa sua. Tem gente que é assim mesmo, meio covarde...
- Eu não sou covarde!
- Vai começar a chorar agora? Por que isso? Ninguém aqui está te obrigando a nada.
- Eu sei!
- É só ir embora, se quiser.
- Eu vou tentar.
- Duvido.
- Vou!
- Decidiu?
- Decidi.
- É alto mesmo. É perigoso.
- Eu sei.
- Ninguém está te obrigando, você que quer ir.
- E se...
- A sua mãe vai ficar orgulhosa.
- Acho que vai...
- Preparado?
- A-ham.
- Então vem aqui. Não olha para baixo.
- É alto!
- Fecha os olhos. Dá mais um passo. Mais um. Pronto? Agora dobra os joelhos. Pensa que tem uma piscina lá embaixo. Respira fundo... Pula!

3 comentários:

Mariana disse...

Nada como pular... Mesmo que a gente se espatife lá em baixo.

Ilis disse...

será, mari?

eita, quero uma rede de segurança!

Mariana disse...

Hum... Nunca funciona... Rsrsrs...