quarta-feira, 21 de março de 2007

Pas de deux


Ela na pose de bailarina, sempre. Mesmo assistindo televisão, sábado à noite, de camisola _o movimento do braço em direção ao controle remoto. Às vezes ele pedia: repete. Ela, distraída: o quê? E era um bocejo, um gole de água, um jeito de esfregar o olho. Ela ria e sacudia os ombros e dizia: pára com isso... E ele sorria porque ela sacudindo os ombros era pura dança. A música era inaudível para os demais.

2 comentários:

Simone Iwasso disse...

Bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda. Faça deste teu território, para se vestir, se despir, ser protagonista do roteiro escrito por você!

Mariana disse...

Uau!!! Essa vizinha é do balacobaco!!! Vou ficar sempre espiando o que ela anda fazendo por trás das cortinas...
Beijos, querida, bem-vinda e já me deixando emocionada.